sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ao jantar

Nos dois e nossos copos.
Nos dois e essa mesa.
Único momento juntos.
Único momento de clareza.
Onde o tempo,e
onde a diferenças
paralisam 
sobre o vinho tinto
sobre a mesa.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Sintonia

Teu nome,sobrenome
Teu corpo,seus defeitos
Teu idealismo,suas qualidades


Somos diferentes


Seus sonhos,tuas vontades
Teus gostos ,imperfeitos


Somos diferentes


Teu signo,sua crença
Teus vicios,suas virtudes


Somos diferentes


Seu time, tua gloria
Tua cor,seu conceito


Somos diferentes


O que nos une,surrealidade
o que nos une,contraiedade
á murphy
á Newton
O que nos une é mais,que vontade
compactibilidade
Lei acima da atração.É sintonia!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Para viagem



Não sabia a quanto tempo estava ali fixado, naquela mala cheia de roupas e pertences seus... não sei se passaram horas, dias ou só alguns segundos.
Congelado, sem reação alguma. A mala estava pronta.
Na minha mente um vídeo de imagens,lembranças de quantos lugares aquela mala já fora conosco,eramos nós.. ''Nós'' não existia mais nós,nem boas lembranças com aquela maldita mala. A culpada de tudo.
As coisas ficaram ruins já havia algum tempo,não lembro-me bem onde começou, nem como chegou aonde chegou,ou como não chegou em lugar algum.
Sempre brigamos muito você sempre foi embora,até porque suas roupas...Ahh... suas roupas sempre ficaram lá,quando você voltava para pega-las eu já tinha tudo planejado. Tudo voltava a normal, jantares,velas e pedidos de desculpas.
Arrependo tanto.Penso como fui estúpido,injenuo, se não tivesse comprado aquela mala á meses atrás,tudo podia ser diferente agora.
No começo a mala era alegria só viagens, passeios,nossos lindos romances.
Agora ela era a certeza de que não haveria volta. Suas roupas já estavam lá, jogadas prontas para um novo alguém quem sabe,prontas para uma nova vida.Uma vida pela qual não estarei mais incluso.
Continuo paralisado, mas o pedido de desculpa sincero e convincente não virá, as malas já estão prontas.



quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Pombo

Ontem cedo vi um pombo, morto.
Nada fora da rotina, nada de anormal,animais mortos,pessoas mortas e etc.
Estava mais liso que papel, esmagaram o coitado sem dó.
O que impressionou não foi o comum da morte do pombo e sim os milhos á sua volta.
Fiquei pensando...
O pombo perdeu a sua vida por uns graõs de milho, por ambição,por gula, de querer comer mais e mais.Chegando no ponto de ignorar sua percepção para barulhos e outros ruídos, causando-lhe a morte.
Poxa mas não é isso que fazemos na vida? Não sempre,mas as vezes.
Sabe quando você tem aquele sonho almejado, aquele sonho de profissão, de emprego, de carro, tantas coisas que á principio parecem inúteis mas você deseja muita?! Quantas vezes não ficamos estacionado no mesmo lugar,só para saciar aquele desejo?
Quantas vezes não viramos pombos gulosos a procura unicamente de saciar nossa vontade?
Sempre há chance de recomeçar e não ter o mesmo futuro perdido do pombo. E não passar por cima de todos que amamos por causa de balelas, que não nos levaram a nada além do mesmo lugar.